Muita gente desconfia que o machismo esteja desassociado de grandes empresas que, em teoria, deveriam ser exemplo de justiça e igualdade salarial. Infelizmente, a Nike deixou a desejar nesse aspecto, principalmente no tocante ao patrocÃnio da atleta Allyson Felix. Neste post, o WR NotÃcia explora o assunto.
Nesta semana, saiu a notÃcia de que a atleta conquistou a sua 12ª medalha de ouro em competição mundial apenas 10 meses depois de dar à luz. Isso significa que ela está à frente do ex-velocista jamaicano Usain Bolt, que conquistou 11 medalhas de ouro.
Machismo e patrocÃnio no esporte: o caso de Allyson Felix
A parte mais chocante dessa notÃcia não é a vitória de Allyson Felix em si, mas o percurso que ela precisou traçar até esse momento. Qualquer atleta que se dedique em tempo integral precisa de patrocÃnio para se sustentar, além de ter as condições ideais para a prática do esporte em que é profissional.
Tudo isso custa dinheiro e os melhores atletas, isto é, com desempenho mais marcante nacional e mundialmente, são as pessoas que conquistam os melhores patrocÃnios. Nesse contexto, conquistar o patrocÃnio de uma empresa como a Nike é um sinal de que você, como atleta, fez algo correto.
Era esse o estado da velocista Allyson Felix até ela decidir que queria ser mãe. Em teoria, isso não deveria interferir no patrocÃnio de um atleta seja ele homem ou uma mulher. No entanto, com a desculpa de que a atleta não conseguiria sustentar o mesmo desempenho após o parto, Felix perdeu seu patrocÃnio.
Aà é que está a beleza da história. Allyson Felix teve seu filho após uma gestação de risco, em que desenvolveu pré-eclâmpsia. Ademais, passou por uma cesariana com 32 semanas de gestação, isto é, seu filho nasceu prematuro. Apesar disso, a velocista teve o bebê e provou que por ser mulher e escolher seu filho, seu trabalho não perdeu qualidade.